28 de maio de 2009

Uma refeição inesquecível

Outro dia estava conversando com amigos sobre refeições inesquecíveis.
Já comi tantas comidas maravilhosas que fica praticamente impossível dizer qual foi a melhor. Como escolher entre aquele prato saboroso feito em casa e aquele provado num restaurante surpreendente e não ser injusto?? Ou entre uma refeição cercada de ótimos amigos e aquele jantar romântico com uma pessoa especial??

Por isso que a minha escolha de refeição inesquecível é totalmente o oposto do que poderia se esperar. Diante de tantas opções boas, a minha refeição inesquecível foi a pior experiência gastronômica que tive na vida.

Depois de algumas horas de viagem, tínhamos acabado de chegar em Mont Saint-Michel. Todos com fome. As mulheres, loucas para fazer xixi. Passamos pelo primeiro restaurante. No segundo, a combinação fome+xixi baixou consideravelmente o grau de exigência da escolha. Entramos lá mesmo. E então começou o horror.

Um garçom apareceu para nos atender. Era o arquétipo preconceituoso do francês: mal educado, sujo e fedido. Sério, o cara não devia tomar banho há alguns dias. E não sabia o significado da palavra desodorante.

Bom... até aí, tudo bem. A comida poderia ser boa não é? Escolhi a omelete normanda, teoricamente um prato típico da Normandia. Uma garçonete veio pegar os pedidos. Mal educada?? Imagina... ela só devia estar ensaiando para o papel de guarda de de campo de concentração no grupo de teatro da Prefeitura de Mont Saint-Michel!

A moça nos tratava com a mesma gentileza de um cavalo chucro. E ela tinha uma ferida enorme no rosto. E purulenta. Eu já falei que a ferida era grande? E com pus? E ela anotando os pedidos e coçando a ferida... Disgusting...

Então vieram os pratos. A garçonete eqüina (o eqüino é meu e eu vou usar trema!) com aquele mesmo dedo de coçar a ferida começou a nos servir. Dedo este que ela colocava dentro dos pratos!!! Totally Fucking Disgusting!

E Deus ajude os normandos se eles realmente servem e realmente comem aquela coisa denominada omelete em outros restaurantes e casas da Normandia! A tal omelete era um prato de espuma. Parecia que o detergente que eles deveriam usar para lavar os pratos tinha sido usada para fazer o prato. E não tinha só a aparência de espuma de detergente. A gororoba realmente tinha gosto de detergente!

Vocês dirão que escolhi mal o prato. Mas o crepe do meu pai não ficava devendo nada para o meu omelete. Intragável. O croc monsieur da minha mãe era um pão queimado e frio. Mais sorte deu a minha irmã com um espaguete a bolonhesa. Comível.

Bom, depois disso ainda tínhamos a sobremesa, já incluída nos menus franceses. Vocês se perguntam como eu tive coragem de encarar, certo? Mas, como eu sempre digo: Tá no inferno, abraça o capeta! A torta de maçã foi o que me salvou de ficar com fome o resto do dia. Comi me forçando a ignorar o dedo do pônei normando que nos serviu.

É por isso, que dentre tantas refeições especiais, a minha refeição inesquecível é essa história de "terrir". Menos mal que Mont Saint-Michel é um lugar lindo demais. E ficou uma lição: antes de escolher onde comer, esvazie sua bexiga!

2 comentários:

Fofa disse...

Fofo...

Não consigo parar de rir...
Essa coisa de fazer xixi deixa vcs em cada apuro, não...

Como se não bastasse essa comidinha luxo, ainda teve o cemitério!
Affe...

Belas histórias pro Vovô Léo contar pros seus netinhos! rs

Beijocas

Raphaela disse...

EEEEEEEEEEEEECA!!!!!!!!!!!

rsrsrsrsrs