29 de abril de 2009

Filmes que fazem pensar




Ontem vi Vicky Cristina Barcelona, um filme que me fez pensar. Cada vez mais me convenço que a vida não tem sentido. Cada um que precisa buscar o seu próprio sentido.

“Life is short. Life is Dull. Life is full of pain. This is a chance for something special.” - Sentencia Juan Antonio.

E por alguns instantes tudo o que eu queria era estar em Barcelona, tomando um bom vinho e ouvindo uma guitarra espanhola. Poderia até ser sozinho. Ou muito bem acompanhado.

Para completar, Scarlett Johansson é S-E-N-S-A-C-I-O-N-A-L!

28 de abril de 2009

Sensacional!!

Parei Contigo (Ivan Lins / Paulo César Pinheiro)

Parei contigo quando saquei teu jogo
De vai e fica, de toma lá... dá cá
Meu coração por ti só passou sufoco
Só tô dando o troco, só tô dando o troco

Nem me procura pra não ter bate-boca
Não tenho mais cintura pra te aturar
Larga o meu pêlo vai se roçar nas ostras
Que eu já tô em outra, que eu já tô em outra

Perdão é deus quem dá
Pode até pedir que não vai colar
Pra quem me fez chorar
Eu só quero é rir...quá quá rá quá quá!

Quando eu cortei a tua não foi à toa
Fechei a tampa, mas foi na hora h
Segura a onda, desaparece, voa
Que eu tô numa boa, que eu tô numa boa

Cansei de quem só vive criando clima
Vai ver se eu tô na esquina, mas fica lá
Recuperei de vez minha auto-estima
Tô com tudo em cima, tô com tudo em cima

27 de abril de 2009

Short stories - vol. II - Diário

26/05
Muita gente não entendia porque eu não queria ter filhos. Acho que hoje me dariam razão. Vendo meus amigos com seus filhos, algumas vezes até tive vontade de ser pai. Mas seria muito egoísmo de minha parte. Os sinais já estavam lá há muito tempo... Eu não poderia condenar um filho a tanto sofrimento.

10/06
Lembro de algumas cenas da minha infância. Deitar sob um céu negro, todo pontilhado pelas mais brilhantes estrelas. Tomar banho de cachoeira nas férias de verão. Brincar na rua. Caminhar despreocupado na escuridão da praia deserta. Tinha certeza de que meu filho não viveria experiências como estas.

Eu achava que havia algo errado. Temia pela disparada da violência. Temia a vingança da natureza, que havia sofrido tanto na mão dos homens. Porém nunca imaginei o que estava vindo.

A maioria das pessoas nada viu. Como no conto da rã na chaleira, o aumento gradual da temperatura fez com que nós virássemos um belo ensopado de batráquios... Tivessem nos colocado na chaleira com a água fervendo e talvez a situação hoje fosse diferente.

A verdade é que eu mesmo não posso me excluir do grupo das rãs. Vi as coisas se deteriorarem, mas não acreditei que fossem chegar neste ponto. Nada fiz. Mas haveria algo que eu pudesse fazer?

13/06
Hoje sonhei com crianças. Não sei se ainda existem crianças no mundo. Com o passar de tempo, percebeu-se que elas não tinham muita resistência ao vírus. As vacinas e os antivirais, que no início da epidemia tiveram algum resultado, logo perderam efeito para as novas variantes do H1N1. Os adultos contaminados conseguiam resistir à doença por mais tempo. As crianças foram as primeiras vítimas. A taxa de mortalidade era altíssima.

21/06
A solidão nunca foi um problema para mim. Sempre gostei de ficar só com a minha companhia. Mas hoje ela me incomoda. Como consegui chegar tão longe? Será algum tipo de imunidade? Foi apenas sorte?

15/07
Depois que meus pais foram internados, consegui fazer um estoque de alimentos. No começo nem todos acreditaram na gravidade da situação. Não tive dificuldades. Tranquei-me no apartamento e segui os procedimentos indicados na TV. Hoje faz uma semana que não há mais transmissões na TV. Ainda consigo ouvir a rádio da capital.

21/07
Hoje foi feita a última transmissão de notícias pelo rádio. Disseram que a situação é gravíssima. O número de mortos no mundo chega aos milhões. Os funcionários foram mandados para suas casas e o narrador encerrou seu boletim desejando boa sorte aos ouvintes. Desde então a programação tem sido de música clássica.

22/07
O rádio e a TV ficam ligados 24 horas. Tenho esperança de receber alguma notícia, mas só recebo um loop ininterrupto de músicas clássicas.

29/07
Estou sem energia elétrica. No início pensei que tinha esquecido de pagar a conta. Depois percebi que na verdade não havia nem mesmo recebido a conta.

30/07
A noite passou e não havia nenhuma luz na cidade. Definitivamente o problema não foi na conta.

05/08
Talvez tenha havido algum tipo de toque de recolher. Talvez as pessoas por si mesmas tenham passado a evitar as outras com medo do contágio. O fato é que as ruas estão vazias. Os saques, comuns nos primeiros meses, já não vejo mais. Se ainda acontecem, ao menos não causam nenhum alvoroço.

03/09
Cortado o fornecimento de água. Meu Deus, isso é muito sério!

15/09
A necessidade de água foi maior do que qualquer medo. Abri a varanda e deixei os baldes enchendo com a chuva! Como é bom tomar banho.

02/10
Meu estoque de comida é baixo. Mas me preocupo mais ainda com a água. Tenho feito um racionamento mas sei que em breve terei que tomar alguma atitude.

20/10
Acabou a água. Devo ou não tomar a água da chuva?

01/11
É claro que eu tomei a água da chuva. Diminuí ao máximo o consumo de comida. As roupas estão cada vez mais largas.

16/11
Estou fraco. Ouvi vozes no corredor esta noite. Não consegui ver ninguém. Chamei e não houve resposta.

20/11
Se eu não sair em busca de comida, vou morrer. Decidi aumentar a ração pra me fortalecer. Em duas semanas eu saio.

27/11
Me sinto melhor. Meus músculos ainda estão fracos mas já sinto que ao menos conseguirei descer as escadas. Mesmo assim tenho medo do que irei encontrar nas ruas.

04/12
A comida acabou. Hoje é o dia. Estou de saída. Espero voltar com alguma comida. Mas se eu não voltar e alguém encontrar este diário, diga... Droga! Não já tenho ninguém para dizer mais nada...

Fenomenal

Tem coisas que só os corintianos que moram em Santos podem entender...

24 de abril de 2009

Golden Slumbers

Hoje acordei com essa música na cabeça. Exatamente essa versão.
Mas alguém pode explicar o que tem o pato a ver com isso??

8 de abril de 2009

É proibido fumar!!

Hoje foi aprovada aqui no Estado de São Paulo uma lei que proibe o fumo em todas as áreas fechadas de uso coletivo.

Eu sou totalmente antitabagista! E totalmente a favor da liberdade individual das pessoas! Acho que quem quer fumar tem todo o direito de fumar! Mas que vá fazer isso bem longe de quem não fuma (principalmente de mim)!

Minha paciência anda curtíssima ultimamente e os comentários dos fumantes sobre a tal lei me deixaram de queixo caído.

"Isso é preconceito!" - Diz um.

"Discriminação"" - O outro.

"Fere a minha liberdade!" - Um terceiro.

Como assim??? Preconceito, discriminação?? Esses caras não percebem que a proibição não é contra os fumantes e sim a favor daqueles que não fumam e são obrigados a inalar a fumaça dos outros?

Não se trata de ferir a liberdade. A pessoa tem todo o direito de fumar. Por mim pode fumar todos os cigarros da face da Terra até que os pulmões virem pedra-pomes! Mas que faça isso ao ar livre ou na própria casa, onde quem não fuma não é obrigado a fumar por tabela.

As reclamações beiram o absurdo! Seria a mesma coisa que eu reclamar de não poder transar no corredor do shopping. Será que isso também é preconceito ou uma agressão à liberdade?? É... Será que daqui a pouco vão pedir pra separar uma área pra isso também? Você chega no restaurante e o maître pergunta "Trepantes ou não trepantes?"

Haja paciência! E como eu já disse, hoje não estou com nenhuma!!!