Olho ao redor e não vejo estradas.
Há trechos de chão batido, onde os pés de muitos que já passaram antes fazem com que a grama não cresça mais.
Mas não há estradas. Há o horizonte. À frente, não posso ver mais claramente além do amanhã. Além dele, o incerto. Para trás, o ontem é só uma lembrança. Jamais um destino. Antes dele, só há os caminhos que me fizeram chegar até aqui.
Qual direção seguir? Sigo os passos que vieram antes? Qual seria o caminho mais fácil? Qual seria o mais prazeroso? Qual seria o mais rápido até meu destino? Se é que algum dia irei chegar a um destino... Se é que há um destino...
Vou traçando a minha rota. Vou riscando o meu mapa. Mas não há estradas... Sempre possível mudar de direção. E talvez, por que não, dar alguns passos para trás.
Caminho sozinho. Ainda vou cruzar com outros viajantes. Vou trombar com alguns. Vou acompanhar outros. Mas no fundo mora a certeza de que, para cada um, essa é uma jornada pessoal.
E o tempo segue inexoravelmente seu curso. Não há como perdê-lo. Ele não é meu. Ele só me lembra que tudo é mutável. Tudo se encerra.
Sou? Ou estou? O tempo é agora.
9 comentários:
"E o tempo segue inexoravelmente seu curso. Não há como perdê-lo. Ele não é meu. Ele só me lembra que tudo é mutável. Tudo se encerra."
----------------------------WOW!
Leozinho,
Não me f*!!!!!
Vou ter que ler 15 vezes pra entender exatamente, não que eu seja burra, mas to tãaaaaaaaaaaaaao nervosa!!!!!
Pq, hein???????
Volto depois
beijocas
Mais claramento do que o amanhã?
Não considero nem o presente tão claro assim. O passado, esse sim é nítido.
Criar o futuro vivendo o presente: eis a maneira mais segura de se chegar onde se quer.
Beijos, beijos
Ju,
Peguei pesado?? rsrs
E você hein? Quando vai nos mostrar o que se passa no seu brainstorm? Estou esperando!!!
Beijos
Fofa,
E no fim das contas você tinha entendido tudo né? :P
Beijotchau!
Nana,
Criar o futuro vivendo o presente... É isso mesmo!! Perfeito!!
Beijo!!!
Tenho o mau costume de viver no passado. Ou com medo do futuro, não sei bem a diferença. Talvez eu ame demais e tenha medo do dia em que tudo o que eu amo não exista mais.
Beijos, Léo.
(Descobri uma faculdade de cinema na federal daqui. Três anos. Fiquei tentada, mas acho que outra faculdade é demais para mim.)
Hummm este texto me lembrou uma coisa que, especialmente essa época, emocionou e, devo admitir, até doeu um pouquinho...
Mas enfim, não é essa a pretensão de quem escreve? Despertar emoções? Suas palavras despertaram as minhas, só tenho que elogiar, portanto.
Beijo grande!
Marina,
Ter boas memórias é muito bom. São coisas que podemos guardar pra sempre... ou pelo menos enquanto os neurônios ajudarem! ;-)
No post falei mais sobre não viver, como na música do link, "redigerindo arrependimentos passados". Ou esperando um futuro que nunca chega.
Sobre o curso... Estou aqui tentado a embarcar num de dois anos. Acho que acaba passando rápido! ;-)
Beijos
Sisa,
Poxa... eu agradeço...
Mas juro que não queria causar emoções ruins! Reflexões, isso sim eu queria! Então torço para que você reflita e fique tudo bem!
Beijo!
A vida é só por hoje mesmo. O tempo é cruel qdo prestamos atenção nele, do contrário, ele se arrasta irritantemente por nossas vidas.
Um dia de cada vez e quem sabe sempre?
Bjos!!!
Olá Anna,
Desculpe a demora em responder. Estive "de férias" do blog. Obrigado pela visita e pelo comentário!
Beijos
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