2 de setembro de 2009

Agora


Olho ao redor e não vejo estradas.

Há trechos de chão batido, onde os pés de muitos que já passaram antes fazem com que a grama não cresça mais.

Mas não há estradas. Há o horizonte. À frente, não posso ver mais claramente além do amanhã. Além dele, o incerto. Para trás, o ontem é só uma lembrança. Jamais um destino. Antes dele, só há os caminhos que me fizeram chegar até aqui.

Qual direção seguir? Sigo os passos que vieram antes? Qual seria o caminho mais fácil? Qual seria o mais prazeroso? Qual seria o mais rápido até meu destino? Se é que algum dia irei chegar a um destino... Se é que há um destino...

Vou traçando a minha rota. Vou riscando o meu mapa. Mas não há estradas... Sempre possível mudar de direção. E talvez, por que não, dar alguns passos para trás.

Caminho sozinho. Ainda vou cruzar com outros viajantes. Vou trombar com alguns. Vou acompanhar outros. Mas no fundo mora a certeza de que, para cada um, essa é uma jornada pessoal.

E o tempo segue inexoravelmente seu curso. Não há como perdê-lo. Ele não é meu. Ele só me lembra que tudo é mutável. Tudo se encerra.

Sou? Ou estou? O tempo é agora.

9 comentários:

Juls M disse...

"E o tempo segue inexoravelmente seu curso. Não há como perdê-lo. Ele não é meu. Ele só me lembra que tudo é mutável. Tudo se encerra."

----------------------------WOW!

Fofa disse...

Leozinho,

Não me f*!!!!!
Vou ter que ler 15 vezes pra entender exatamente, não que eu seja burra, mas to tãaaaaaaaaaaaaao nervosa!!!!!

Pq, hein???????

Volto depois
beijocas

N. Ferreira disse...

Mais claramento do que o amanhã?
Não considero nem o presente tão claro assim. O passado, esse sim é nítido.
Criar o futuro vivendo o presente: eis a maneira mais segura de se chegar onde se quer.
Beijos, beijos

Leonardo disse...

Ju,

Peguei pesado?? rsrs
E você hein? Quando vai nos mostrar o que se passa no seu brainstorm? Estou esperando!!!

Beijos


Fofa,

E no fim das contas você tinha entendido tudo né? :P

Beijotchau!


Nana,

Criar o futuro vivendo o presente... É isso mesmo!! Perfeito!!

Beijo!!!

Marina disse...

Tenho o mau costume de viver no passado. Ou com medo do futuro, não sei bem a diferença. Talvez eu ame demais e tenha medo do dia em que tudo o que eu amo não exista mais.

Beijos, Léo.

(Descobri uma faculdade de cinema na federal daqui. Três anos. Fiquei tentada, mas acho que outra faculdade é demais para mim.)

Sisa disse...

Hummm este texto me lembrou uma coisa que, especialmente essa época, emocionou e, devo admitir, até doeu um pouquinho...

Mas enfim, não é essa a pretensão de quem escreve? Despertar emoções? Suas palavras despertaram as minhas, só tenho que elogiar, portanto.

Beijo grande!

Leonardo disse...

Marina,

Ter boas memórias é muito bom. São coisas que podemos guardar pra sempre... ou pelo menos enquanto os neurônios ajudarem! ;-)
No post falei mais sobre não viver, como na música do link, "redigerindo arrependimentos passados". Ou esperando um futuro que nunca chega.

Sobre o curso... Estou aqui tentado a embarcar num de dois anos. Acho que acaba passando rápido! ;-)

Beijos


Sisa,

Poxa... eu agradeço...
Mas juro que não queria causar emoções ruins! Reflexões, isso sim eu queria! Então torço para que você reflita e fique tudo bem!

Beijo!

Anna Bueno disse...

A vida é só por hoje mesmo. O tempo é cruel qdo prestamos atenção nele, do contrário, ele se arrasta irritantemente por nossas vidas.
Um dia de cada vez e quem sabe sempre?
Bjos!!!

Leonardo disse...

Olá Anna,

Desculpe a demora em responder. Estive "de férias" do blog. Obrigado pela visita e pelo comentário!

Beijos