30 de outubro de 2008

Por que escrevo?

Quando comecei este blog, pensei que escrever seria bom para mim. Uma espécie de terapia, sem precisar pagar nem esperar a próxima semana para fazer mais uma sessão.

E realmente escrever sobre os meus sentimentos, sobre os acontecimentos, coisas que gosto e que não gosto... tudo isso me fez bem!

Ler os outros blogs espalhados por aí foi um ganho extra. Há coisas muito interessantes e muito bem escritas. De boas risadas a momentos de reflexão, fui percebendo que não só escrever seria bom.

Mas o que eu não esperava era que alguém pudesse passar aqui para ler minhas baboseiras! Mas não é que vocês vieram? Não sei bem como nem de onde, mas o fato é que os leitores sempre vão aparecendo.

E nos comentários do último post percebi mais um motivo pelo qual escrevo. Receber a visita e os comentários também faz um bem danado. E não só pela vaidade de saber que alguém realmente leu o meu texto. As palavras de apoio, as opiniões diferentes, as brincadeiras... tudo isso aumenta ainda mais os benefícios de manter o Sessão das Oito ativo.

Obrigado a todos!

16 de outubro de 2008

Caminhos separados

Muitas coisas aconteceram. Vou tentar resumir mas acho que esse post aqui vai virar livro.

Procurei uma nova advogada porque as coisas da separação estavam mal encaminhadas. A doutora já mostrou logo que não iria deixar a bola parada e procurou a Sra. J para conversar.

Acho que ao ver que a hora de assinar está se aproximando, a Sra. J deve ter dado uma balançada. Pediu que queria me ver.

E lá fui eu. Desta vez muito mais inteiro emocionalmente e consciente do que deveria ser feito. Ela me pergunta o que eu penso que poderia ser feito pelo casamento. E acho que ao responder eu acabei com a coisa que era mais certa no mundo dela: "O Leonardo estará sempre disponível para mim."

Disse a ela que nosso casamento já havia acabado a muito tempo e que o melhor a fazer agora seria assinar logo essa separação. Se no futuro algo mudasse...

Ela se disse surpresa, que não esperava isso de mim. Então expliquei que quero estar com alguém que queira estar comigo. Quero me sentir amado. Nosso casamento já tinha acabado, não faria nenhum sentido ressuscitar um casamento morto sem que houvesse isso.

Tudo estaria bem se algo dentro de mim não ficasse me fazendo uma pergunta: Como assim?? Salvar casamento?? O que essa mulher quer???

Liguei e perguntei: O que você quer de mim? Você já não está em outra??

Ela teve a petulância de me dizer que não. E me devolveu a pergunta. Ahh, quer saber?? Dane-se! Se ela pode mentir, porque eu não posso também?

A coisa ficou feia. O que restava do mundinho dela onde o Leonardo sempre estaria ali pra ela terminou de vez.

A Sra. J disse que não quer mais ter nenhum contato comigo pois isso só estava machucando os dois. Se despediu, disse que iria buscar o próprio equilíbrio e desejou o melhor para mim. Retribui da mesma forma.

E desliguei o telefone um pouco atônito. Mas muito mais leve...

7 de outubro de 2008

Algumas fotos

Eu sou metido a fotógrafo amador.
Fiz curso e tudo.
Mas ninguém merece ser obrigado a ver as mais de mil fotos que eu tirei na Europa.
Fiz um site com uma pequena seleção.

2 de outubro de 2008

Aos soldados que tombaram...

Eu provavelmente não deveria estar contando isto aqui nesse blog. Mas creio que meus poucos mas queridos leitores e leitoras são discretos o bastante.

No casamento na Bélgica encontrei com minha família. Seguimos viagem juntos para passar mais alguns dias na França.

Estávamos no vale do Somme, a caminho da Normandia. Apenas campos e mais campos de plantações e alguns cemitérios militares espalhados nessa que foi uma das regiões mais devastadas na Primeira Guerra Mundial.

Lá pelas tantas minha irmã fala: "Leonardo, preciso fazer xixi!"

"Tá bom, vamos parar."

Parei na primeira lanchonete. Fechada! Segunda-feira, onze horas da manhã, estrada movimentada e a lanchonete fechada! Segui mais alguns quilômetros. Minha irmã já começava a se contorcer pra segurar a bexiga. Parei na próxima lanchonete. Minha irmã sai correndo mas... NÃO TINHA BANHEIRO NA LANCHONETE!!!

Continuamos a viagem e agora minha irmã já estava desesperada. A estrada seguia reta à nossa frente por vários quilômetros... Nada além de campos cultivados. De repente uma placa indica "Cemitério Britânico - 2 Km".

"Quer que eu pare no cemitério e você faz atrás do matinho?" - Falei.

"Ahh meu Deus... Tá bom, vai! Pára!"

Acho que não foi pelos motivos mais nobres, mas tenho certeza que minha irmã agradeceu do fundo do coração aos soldados que tombaram nos campos do Somme.